Ditadura militar: a história em lutas

Autores

  • Airton de Farias Universidade Federal Fluminense

Resumo

O artigo aborda o recente crescimento do número de apoiadores da ditadura civil-militar (1964-85). A maioria da sociedade continua condenando a ditadura, mas numa abordagem conciliatória do que aconteceu nos anos 1960 e 1970. Busca-se minimizar os embates políticos da época. Ganhadores na política, os militares perderam as batalhas de memória, apesar de também tentarem difundir sua visão sobre o que aconteceu durante o regime. As esquerdas endossam reconstruções de memórias segundo as quais a guerrilha era uma resistência à ditadura e uma luta pela democracia. Minimiza-se que a democracia na era valor universal no período e existia um projeto ofensivo de conquista do poder institucional por parte dos agrupamentos de esquerda armada. Grupos conservadores, por sua vez, enfatizam o apoio pela campanha pela redemocratização do final dos anos 70, relevando o apoio anterior dado ao golpe e ao regime. Estas recontruções apresentam vários anacronismos.

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Biografia do Autor

Airton de Farias, Universidade Federal Fluminense

José Aírton de Farias é doutor em História Social/Contemporânea II pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com a pesquisa Pavilhão sete: experiências dos militantes de esquerda armada nos cárceres cearenses (1971-79), mestre em História Social e bacharel em direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e licenciado em História pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Autor de mais 20 livros didáticos e paradidáticos de história, a exemplo de História do Ceará (Armazém da Cultura, 2014). Professor do Instituto Federal do Ceará (IFCE).

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Publicado

2019-05-23

Como Citar

DE FARIAS, A. Ditadura militar: a história em lutas. Revista Historiar, [S. l.], v. 10, n. 19, p. 144–161, 2019. Disponível em: //historiar.uvanet.br/index.php/1/article/view/313. Acesso em: 20 abr. 2024.