Por uma problematização das memórias orais como fontes para a história: memória política, presente e passado nas representações e lembranças da escravidão no Ceará

Autores

  • Paulo Henrique de Souza Martins Mestrando em História Social pela Universidade Federal Fluminense - UFF

Resumo

A Província do Ceará é considerada a primeira a libertar totalmente seus escravos, em 1884, donde vem o láureo epíteto de “Terra da Luz”. A visão clássica de imagem política que as elites locais construíram sobre o Ceará e a escravidão negra ali existente era a pouca influência dos negros na cultura, na composição populacional, quase disseram que não houve escravidão no Ceará. Todavia, bastava um olhar mais atencioso para perceber as muitas comunidades negras existentes, surgidas durante e logo após o processo de abolição do cativeiro. Historicamente renegadas, elas são indícios incontestes da forte presença do negro na sociedade cearense. Nesse sentido, pessoas mais velhas dessas comunidades, portadores ainda de uma memória da escravidão vivida por seus ascendentes ou por estes conhecida, são bastante importantes para criação de identidades locais e compreensão sobre a escravidão negra no Ceará. Todavia, o trabalho com a memória da escravidão, por parte de quem não a viveu, coloca interrogações importantes ao trabalho historiográfico. São essas as discussões desse artigo.

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Como Citar

MARTINS, P. H. de S. Por uma problematização das memórias orais como fontes para a história: memória política, presente e passado nas representações e lembranças da escravidão no Ceará. Revista Historiar, [S. l.], v. 2, n. 3, 2013. Disponível em: //historiar.uvanet.br/index.php/1/article/view/43. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Tema Livre